Eco


As conversas que não são as suas entediam-me
Dão-me sono

Sou fã da sua infinita dor
Do vazio que sente e
Que é preenchido com o vil viver, frágua, ritmos, palavras e algazarras,
Suas amarguras acalmam minha alma
Nelas vejo que não estou só 
Não....
Vejo que minha humanidade encontra abrigo


A solidão é a presença da vazio
É a ausência do incômodo
Solidão é a visita dos sonhos, é a companhia dos meus eus
Minha companhia na solidão é a saudade que tenho de ti
Esta é presença constante
Esta nunca me deixa só
Em meus sonhos a presença agradável da sua cor atravessa meu mar de tranquilidade
Rouba a quietude aparentemente aconchegante do meu estar.


Camila Oleski

Corpos

Corpos soltos na algazarra
Cabelos flamejantes se jogam na dança
Mãos se encontram ao som da música, cujos dedos se entrelaçam interessados
Bocas e línguas sincronizadas e sibilantes na pronúncia da letra da música que não foi ensaiada
Mas conhecida há muito e, portanto, cantarolada com perfeição

Rostos já vistos
Olhos que já se beijaram
Suores já misturados no abraço de ontem
Flancos saculejantes
Calcanhares suspensos

Está aí a vida:

Na beleza bem vinda da alegria... 

Camila Oleski

A última notícia

A última notícia que tive de mim foi de você  Que me disse que eu havia me perdido  E que achava que eu não podia ir tão longe Mas fui ...