Gosto de escrever poesia de amor
Nela me desfaço em desejo
Amor que é traduzido em palavras
se converte em música
e leva brisa que carrega a história piegas do adeus dos
amantes
É na poesia que conheço a borboleta
que, flutuando no ar fecundo,
acha o lírio amarelo,
cuja seiva adocicada,
alimenta sua alma soturna, porém infatigável
Camaleoa das palavras,
esconda-se atrás daquele arbusto de prosopopéias!
Ah, o amor...
Nada como escrever com carinho
sobre o mancebo garboso
que anda pelo passeio
por onde deito meus olhos para encontrar o seu sorriso
tinhoso
Gosto de sentir o amor com que escrevo
Ele parece tão concreto quanto a paixão que por você não
cessa
Atrás daquela noite de calor intenso
Em que meu coração disparado
Encontrava o seu naquele abraço.