Chuva

Chuva,
Molhe minh’alma sôfrega,
Regue meu peito dolorido pela despedida,
Lave o suor seco de meu rosto vivido,
Amordace minha boca ávida,
Cale meu ventre vazio, oco,
Pinte a minha pele de ocre, quero afundar nesta terra lamacenta

Chuva,
Acalente ao menos minha noite eivada de dor,
Seu carinho mitiga minha sede de querer mais,
repouse em meu colo quente e embaçado, pois ofegante.

Camila Oleski

A última notícia

A última notícia que tive de mim foi de você  Que me disse que eu havia me perdido  E que achava que eu não podia ir tão longe Mas fui ...