Estava praticamente impossível
achar a saída daquele labirinto escuro, insólito e obsceno. Vi-me desnorteado e
sem escapatória. Minhas mãos tateavam em volta na tentativa de traçar um
caminho em meio ao emaranhado. Minha boca, aberta, tentava buscar ar sem
sucesso num abismo hermeticamente entrelaçado. Resfoleguei. Quase sufoquei.
Finalmente vi uma luz e corri até ela. Senti um alento imenso. Até que enfim achei a saída. Com as mãos, joguei para o lado os tufos de cabelo dela. Respirei como num reflexo de quem acabou de passar por uma experiência de quase morte. Senti sua fragrância que me fez lembrar o motivo de eu estar ali. Achei o seu pescoço. Comecei a beijá-lo com volúpia. Os corpos se entrelaçaram, os suores e salivas se misturaram. Por fim, ouvi o gemido da sua voz. Agora um pouco mais agudo e estridente. Em seguida veio o meu um tanto tímido e moribundo.
Finalmente vi uma luz e corri até ela. Senti um alento imenso. Até que enfim achei a saída. Com as mãos, joguei para o lado os tufos de cabelo dela. Respirei como num reflexo de quem acabou de passar por uma experiência de quase morte. Senti sua fragrância que me fez lembrar o motivo de eu estar ali. Achei o seu pescoço. Comecei a beijá-lo com volúpia. Os corpos se entrelaçaram, os suores e salivas se misturaram. Por fim, ouvi o gemido da sua voz. Agora um pouco mais agudo e estridente. Em seguida veio o meu um tanto tímido e moribundo.
No dia seguinte, a manchete que
chamava atenção da população no caderno policial do jornal local dizia: “Jovem morre asfixiado
no cabelo da amante.”
Camila Oleski
Camila Oleski